Este portal de notícias, que cita três autoridades norte-americanas e outra fonte ligada ao processo, referiu que o anúncio será feito na sexta-feira, durante o encontro dos principais líderes militares de todo o mundo na Alemanha, para discutir a ajuda a Kiev.
O novo pacote de ajuda militar incluirá artilharia, munições e blindados adicionais, provavelmente veículos de combate blindados Stryker, não sendo esperado que os EUA aprovem o envio dos tanques americanos M1 Abrams, destaca o Politico.
Atualmente, o governo liderado por Joe Biden não tem planos para enviar o Abrams, o principal tanque de guerra de 60 toneladas do Exército norte-americano, adiantaram as mesmas fontes.
A relutância deve-se aos desafios logísticos e de manutenção dos tanques, e não à preocupação de que a sua transferência possa agravar o conflito, frisou uma das autoridades dos EUA.
Esta mesma fonte apontou que os EUA ajudaram a Ucrânia a obter tanques da era soviética e apoiam a decisão britânica de enviar cerca de uma dúzia de seus tanques Challenger 2.
O pacote deverá incluir vários Strykers, um veículo de combate blindado de oito rodas construído pela General Dynamics Land Systems, bem como bombas de pequeno diâmetro lançadas do solo, que têm um alcance de aproximadamente 160 quilómetros, indicaram duas das fontes.
Este pacote não incluirá o Sistema de Mísseis Táticos de longo alcance do Exército, que pode chegar a Moscovo, de acordo com duas das fontes.
A administração Biden tem-se recusado a enviar munições de longo alcance, apesar dos apelos de Kiev, por receio de provocar o Presidente russo, Vladimir Putin.
"Acreditamos que o fornecimento de tanques modernos ajudará significativamente e melhorará a capacidade dos ucranianos lutarem onde estão a lutar agora e lutar de forma mais eficaz daqui para a frente", destacou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, em declarações aos jornalistas na quarta-feira, referindo-se aos tanques europeus.
Kirby recusou-se a comentar sobre qualquer próximo pacote de ajuda dos EUA.
A Casa Branca ainda não assinou este pacote, que está a ser finalizado, mas as autoridades norte-americanas esperam anunciá-lo na reunião do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia, que se realiza na sexta-feira, na base aérea dos Estados Unidos em Ramstein, na Alemanha, que contará com o secretário de Defesa Lloyd Austin e o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o general Mark Milley.
Esta reunião decorrerá num momento em que as autoridades ucranianas alertam para a possibilidade de uma nova grande ofensiva de Moscovo para conquistar a capital Kiev.
Pressionadas por Kiev para enviar armamento mais pesado nas últimas semanas, as nações ocidentais aumentaram drasticamente os anúncios de envio de novos blindados.
EUA e Países Baixos tinham anunciado no final do ano passado investimento para atualizar cerca de 90 tanques T-72 da era soviética operados pela Chéquia. A Alemanha também prometeu o seu veículo de combate de infantaria Marder e a França o seu AMX-10 RC.
O Canadá também fornecerá 200 veículos de transporte de pessoal enquanto já este mês os EUA anunciaram que vão enviar 50 Bradley Fighting Vehicles, um veículo blindado que carrega um canhão automático, uma metralhadora e mísseis TOW.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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