EUA e restantes aliados de Kyiv discutem esta sexta-feira apoio militar
O Grupo de Contacto para a Ucrânia criado e liderado pelos Estados Unidos e que integra cerca de 50 países reúne-se, esta sexta-feira, na base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha, para coordenar o fornecimento de mais ajuda a Kyiv.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem insistido que o país, alvo de uma ofensiva militar russa há quase um ano, precisa de armamento mais pesado e mais moderno, esperando do Ocidente o fornecimento, em particular, de tanques e sistemas de defesa aérea.
A Alemanha está sob pressão para permitir a entrega às forças ucranianas dos tanques Leopard 2, de fabrico alemão e que estão operacionais em países-parceiros da NATO.
A Polónia já anunciou que está pronta a reexportar os Leopard 2, mas que precisa de "uma "autorização alemã".
Na véspera do encontro, Zelensky pediu novamente a Berlim para permitir o fornecimento dos Leopard 2.
"Podem continuar a falar sobre isso durante seis meses, mas todos os dias morrem pessoas no meu país", disse o líder ucraniano, numa entrevista à televisão pública alemã ARD.
A questão dos tanques Leopard 2 pesa sobre o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que tomou posse esta semana e reuniu-se na quinta-feira, pela primeira vez, com o seu homólogo norte-americano. Após o encontro, Boris Pistorius insistiu que não haveria "decisões unilaterais" do lado alemão.
A par do secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, do chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos da América (EUA), general Mark Milley, e do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, o encontro contará com a presença do ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, que irá apresentar as necessidades das forças armadas ucranianas e discutir o envio de mais armamento com os aliados capazes de assegurar o fornecimento.
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, também participa na reunião.
O designado "Ukraine Defense Contact Group" (nome original em inglês) foi criado em abril de 2022 na base de Ramstein, na Alemanha, com a participação dos ministros da Defesa de mais de 40 países, incluindo de Portugal.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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