"Nas últimas 48 horas, pelo menos três jornalistas, Melika Hashemi, Saideh Shafiei e Mehrnoush Zarei, foram presas", denunciou hoje a Associação dos Jornalistas de Teerão através de um comunicado.
De acordo com o mesmo documento, as autoridades não explicaram os motivos que levaram à prisão das jornalistas, Duas trabalham para jornais e a outra numa agência de notícias.
A publicação conservadora Etemad noticiou, entretanto, que as três jornalistas foram transferidas para a prisão de Evine, em Teerão.
Segundo a mesma publicação, com estas detenções aumenta para 79 o número de jornalistas detidos desde o início da contestação ao regime.
Em outubro do ano passado, 300 jornalistas e fotojornalistas iranianos criticaram, numa carta aberta, as prisões dos camaradas de profissão sendo que muitos ainda se encontram limitados no acesso a advogados.
No dia 16 de setembro, a iraniana de origem curda Masha Amini, de 22 anos, morreu depois de ter sido detida pela polícia que a acusou de não cumprir as regras obrigatórias da indumentária islâmica impostas no país desde 1979.
A morte da jovem provocou uma vaga de contestação a nível nacional.
De acordo com as autoridades de Teerão, centenas de pessoas, entre aos quais elementos das forças de segurança, morreram durante as manifestações de protesto.
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