"A Suécia não pode esperar o nosso apoio [na adesão] à NATO. Se não respeitar as crenças religiosas da República da Turquia ou dos muçulmanos, não receberá nenhum apoio nosso", garantiu o Presidente turco, que colocou várias condições para aprovar a entrada da Suécia e da Finlândia na Aliança Atlântica, incluindo medidas contra movimentos curdos estabelecidos nesses países nórdicos.
Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia já tinha convocado o embaixador da Suécia em Ancara, para protestar contra a autorização de uma manifestação marcada por um grupo extremista para Estocolmo, com o objetivo de queimar o Corão frente à Embaixada turca na capital sueca.
No sábado, por causa da manifestação do dia anterior em Estocolmo, a Turquia também cancelou uma visita do ministro da Defesa sueco.
A Turquia exigiu à Suécia e à Finlândia medidas concretas contra grupos de ativistas curdos estabelecidos nestes países nórdicos como condição para apoiar o pedido de adesão à NATO, formalizado em maio de 2021, no âmbito da alteração do quadro de segurança europeu, após a invasão russa da Ucrânia.
O Governo turco já tinha protestado, recentemente, contra a destruição de uma efígie de Erdogan durante uma outra manifestação, o que provocou um impasse no processo de alargamento da NATO.
A Suécia e Finlândia dependem da aprovação dos 30 estados membros da Aliança Atlântica para aderir à organização, mas por enquanto só contam com a aprovação de 28, já que, além da Turquia, falta ainda a Hungria dar 'luz verde'.
[Notícia atualizada às 17h42]
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