As sanções, que incluem também responsáveis da Guarda Revolucionária, foram coordenadas com a União Europeia (UE) e o Reino Unido e bloqueiam todas as propriedades dos visados nos Estados Unidos e proíbem as transações económicas e comerciais.
Este é o nono pacote de sanções ao Irão imposto pelos Estados Unidos desde o início dos protestos em setembro de 2022, desencadeados pela morte da jovem Masha Amini após ser detida por uso incorreto do véu islâmico.
O vice-ministro dos Serviços de Informações, Naser Rashedi, foi sancionado por atuar em nome do Ministério das Informações e Segurança iraniano, uma entidade já submetida a sanções desde 2012 pela "sua função central nos abusos aos direitos humanos do povo iraniano", indicou o Tesouro norte-americano em comunicado.
Segundo Washington, os agentes deste ministério tentaram terminar com os protestos antigovernamentais com práticas que incluem espancamento, abusos sexuais, censura e confissões forçadas de presos.
As Finanças norte-americanas também sancionaram a Cooperativa da Guarda Revolucionária, um conglomerado económico vinculado a este corpo de segurança presente em diversos setores da economia iraniana.
O Governo norte-americano também designou a direção desta fundação, e ainda quatro funcionários responsáveis pela segurança em diversas províncias do país.
Cerca de 500 pessoas foram mortas nos protestos e 20.000 detidas, segundo a organização não-governamental Iran Human Rights (HRW), com sede em Oslo.
Os protestos registaram um acentuado recuo após as execuções de quatro manifestantes, e nas últimas semanas apenas se têm registado algumas mobilizações de rua.
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