Segundo a agência noticiosa bielorrussa Belta, o Presidente ucraniano reagia às declarações do homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, que sugeriu que a Ucrânia continua a treinar "militares e extremistas", ao mesmo tempo que "sugere a assinatura de um pacto de não-agressão".
"Não temos a intenção de atacar a Bielorrússia. Este é o principal sinal que todo o povo ucraniano envia ao povo bielorrusso", disse Zelensky, que apelou ao país vizinho para "não perder a independência" .
Zelensky exortou as autoridades bielorrussas a "respeitar a Ucrânia" e a impedir que militares de países terceiros - numa alusão à Rússia - entrem no território ucraniano, segundo a agência noticiosa ucraniana Ukrinform.
As autoridades ucranianas alertaram recentemente para a possibilidade de a Rússia lançar uma ofensiva terrestre através da Bielorrússia, embora tenham descartado que o próprio Exército bielorrusso esteja envolvido nisso.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Minsk e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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