O presidente da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) e o antigo n.º 10 e selecionador da equipa de França, Michel Platini, foram ouvidos em 4 de janeiro, como testemunho de um destes inquéritos, especificou o diário, o que foi também confirmado por uma fonte próxima do dossier à AFP.
Este inquérito, aberto em novembro por "ataque a um sistema automatizado de dados" e "ataque ao segredo de correspondência", foi confiado ao Serviço Central de Luta contra a Criminalidade Ligada às Tecnologias de Informação e Construção, especificou a Procuradoria.
Segundo o Sunday Times, Michel Platini teria sido espiado em maio de 2019, pouco tempo antes de ser detido, em junho de 2019, no quadro do inquérito sobre as suspeitas de corrupção na atribuição do Campeonato do Mundo ao emirato.
Neste caso e neste momento, Platini não é objeto de qualquer processo.
O segundo inquérito, também aberto em novembro, por "ataque a um sistema automatizado de dados", seguiu-se à apresentação de uma queixa pela senadora francesa Nathalie Goulet, da União Centrista.
A investigação foi entregue à Brigada de Luta contra a Cibercriminalidade (BL2C) da polícia judiciária parisiense.
No seguimento das revelações do Sunday Times, a senadora disse à AFP que "oito a dez meses" mais cedo, tinha recebido uma chamada telefónica de "um senhor que se dizia investigador, mas que não se apresentou" e que conhecia a palavra-passe da conta de correio eletrónico no Gmail.
Goulet tinha associado esta pirataria aos seus trabalhos sobre o islão radical e aos seus votos contra as convenções assinadas pela França com o Qatar, entre as quais a parceria para a segurança do campeonato do mundo de futebol.
O terceiro inquérito, também entregue à BL2C, foi aberto depois da apresentação de uma queixa pelo sítio de notícias Mediapart e por um dos seus jornalistas, Yann Philippin, auor de várias investigações sobre o Qatar.
Em causa estavas tentativas de fraude na internet dirigidas a Philippin, a partir de janeiro de 2020, através do envio de mensagens de correio eletrónico fraudulentas.
Ainda segundo o Sunday Times, cerca de 50 personalidades, entre as quais jornalistas e advogados, foram atacados por piratas informáticos contratados para proteger a reputação do Qatar.
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