Grupo Wagner estará a recrutar reclusos ucranianos nas prisões russas
O grupo mercenário Wagner, ligado à presidência russa, está a recrutar reclusos ucranianos que foram transferidos para prisões russas para irem para a frente de combate, noticiou hoje o jornal The Kiev Independent.
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"A Rússia está a recrutar cidadãos ucranianos presos que foram levados à força para prisões russas. Em Krasnodar, o recrutamento ativo dessas pessoas é realizado pela companhia militar privada Wagner", referiu o jornal, citando o Estado-maior do exército ucraniano.
Segundo adianta, os mercenários estão a tentar recrutar os reclusos que cumprem penas por crimes mais graves.
O canal de televisão norte-americano CNN noticiou na terça-feira que o grupo de mercenários enviou, para a frente de combate, milhares de condenados russos.
Muitos destes ex-reclusos -- que aceitaram ir combater na guerra em troca de serem libertados das prisões -- formam, de acordo com os serviços secretos ucranianos, a primeira linha de ataque e constituem 80% das baixas registadas pela Rússia.
A organização de direitos dos prisioneiros russos Rus Sidiaschaya (RS) refere que cerca de 40.000 reclusos recrutados pelo grupo mercenário Wagner foram mortos, abandonados, feridos ou capturados como prisioneiros na Ucrânia.
O grupo Wagner é um grupo privado, criado pelo oligarca russo Yevgeny Prigozhin, homem de confiança do Presidente Vladimir Putin, que se dedica a combater em conflitos nos quais a Rússia é parte interessada.
Tornou-se influente em África, onde tem promovido a desinformação russa, construindo alianças com governos e obtendo acesso a petróleo, gás, ouro, diamantes e minerais valiosos.
O grupo mercenário instalou-se, nas últimas semanas, na parte oriental da Ucrânia, na região do Dombass, onde, segundo Moscovo, está a conseguir avanços significativos para o exército russo.
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