"Obrigado pela calorosa receção e pelo bom debate sobre como garantir uma NATO mais forte, justa e letal. A Europa e o Canadá estão a aumentar as despesas com a defesa, e todos estamos a trabalhar para aumentar a capacidade de produção [militar]", afirmou Mark Rutte depois da reunião com Pete Hegseth, em Washington.
No ano passado, de acordo com dados divulgados pela NATO, 22 dos 31 Estados-membros com forças armadas (a Islândia não possui em permanência) investiram pelo menos 2% do produto interno bruto (PIB) em defesa, respeitando o compromisso assumido em várias cimeiras da organização, embora aquém do objetivo exigido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Entre os que destinaram a maior percentagem à Defesa contavam-se Polónia (4,07%), Estónia (3,41%), Letónia (3,39%), Lituânia (3,11%), países que fazem fronteira com a Rússia, e os Estados Unidos (3,19%).
Nove países ainda não atingiram o objetivo dos 2%, incluindo Portugal, que, segundo um relatório agora divulgado, apenas gasta 1,46% do PIB, e o Canadá somente 1,45%.
No total, as despesas dos membros europeus e do Canadá aumentaram mais de 19% no ano passado, de acordo com o relatório anual da Aliança Atlântica.
A administração Trump descartou a percentagem de 2% como "ridícula" e defendeu que os membros da NATO aumentem a base mínima para 5%, acreditando que todos são capazes de o fazer, embora nem os Estados Unidos atinjam ainda este valor.
Em termos absolutos, os Estados Unidos continuam a ser, no entanto e de longe, o maior contribuinte entre os membros da NATO.
No ano passado, só o orçamento militar norte-americano representou 64% das despesas militares da Aliança Atlântica.
A próxima cimeira da organização está prevista para 24 e 25 de junho em Haia.
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