"A atual vaga na China está a chegar ao fim", afirmou o CDC, na última edição da revista semanal. A agência explicou que "não foram encontradas novas variantes" do coronavírus e o pico da atual vaga "foi atingido no final de dezembro passado".
Até ao final de janeiro, "o número de novos casos diários caiu" e a "pressão hospitalar reduziu-se", indicou a mesma fonte.
O número diário de óbitos nos hospitais causados pela doença atingiu o pico a 04 de janeiro, quando 4.273 pessoas morreram, de acordo com o CDC.
Face ao descontentamento popular e queda dos dados económicos, as autoridades chinesas optaram por um desmantelamento acelerado da estratégia 'zero covid', que vigorou no país ao longo de quase três anos e incluía o isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, bloqueio de cidades inteiras durante semanas ou meses, a realização constante de testes em massa e o encerramento das fronteiras.
A súbita retirada das restrições, no início de dezembro, sem estratégias de mitigação, resultou numa vaga de infeções que inundou o sistema hospitalar e os crematórios do país.
O CDC apontou que o pico de pacientes em estado grave foi registado no dia 5 de janeiro, quando atingiu os 128 mil.
O número de visitas hospitalares por motivos de febre "caiu mais de 90%", a partir do final de dezembro, acrescentou.
Os especialistas chineses alertaram para uma possível propagação do vírus durante as férias do Ano Novo Lunar, entre 21 e 27 deste mês. Durante este período, centenas de milhões de chineses regressaram às respetivas terras natais.
As autoridades de saúde pediram às zonas rurais que se preparassem para a propagação do vírus localmente, onde os recursos dos cuidados de saúde são escassos.
A empresa britânica de análise de dados de saúde Airfinity estimou que o número de mortes diárias durante aquele período terá chegado a cerca de 36 mil por dia.
De acordo com os dados oficiais, 6.364 pessoas morreram em hospitais devido à doença, entre 20 e 26 de janeiro.
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