O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca classificou o ataque como "trágico e comovente".
"O terrorismo é indefensável e é imperdoável atingir pessoas que frequentam um local de culto", destacou ainda, citado pela agência France-Presse (AFP).
Cerca de 300 a 400 polícias estavam reunidos esta segunda-feira numa mesquita dentro do perímetro geralmente fortemente vigiado, quando a explosão ocorreu no horário da oração do meio-dia.
Segundo o chefe da polícia local, este atentado foi cometido em retaliação a operações policiais contra grupos islâmicos armados.
O governo da província de Khyber Pakhtunkhwa, da qual Peshawar é a capital, anunciou que o mais recente balanço indicava 100 mortos e 221 feridos.
Já o ministro do Interior, Ranah Sanaullah, adiantou que o ataque matou 97 polícias e três civis, enquanto 27 feridos estavam em estado crítico.
A polícia antiterrorista está a investigar como foi possível o "homem-bomba" ter conseguido chegar à mesquita, que se situa num complexo murado, dentro de uma zona de alta segurança com outros prédios do governo.
O governador da província de Khyber Pakhtunkhwa, Ghulam Ali, admitiu já que ocorreu "uma falha na segurança".
Citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), Talat Masood, general aposentado do exército e analista sénior de segurança, disse que o atentado suicida de segunda-feira mostrou "negligência".
"Quando sabemos que Tehreek-e-Taliban Paquistão está ativo, e quando sabemos que ameaçaram realizar ataques, deveria haver maior segurança no complexo policial em Peshawar", disse à AP, referindo-se ao grupo Talibã Paquistão, também conhecido como Tehreek-e-Taliban Pakistan ou pela sigla TTP (TTP).
O ataque foi inicialmente reivindicado por Sarbakaf Mohmand, comandante do grupo de talibãs paquistaneses, através de uma mensagem na rede social Twitter.
No entanto, horas mais tarde, o porta-voz dos talibãs do TTP, Mohammad Khurasani, negou a responsabilidade do grupo, dizendo não ser política do movimento atacar mesquitas, seminários e locais religiosos.
Os ataques de insurgentes contra patrulhas, bloqueios de estradas ou delegações da polícia aumentaram em Peshawar, localizada a cerca de 50 quilómetros da fronteira com o Afeganistão, e nas antigas áreas tribais vizinhas, desde o regresso dos talibãs ao poder em Cabul, em agosto de 2021.
Estes são liderados principalmente pelos TTP, que recuperou a sua liberdade de movimento com a saída das forças norte-americanas do Afeganistão, ou pelo EI-K, braço regional do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Ataques em grande escala, como este, continuam a ser bastante raros.
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