O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, respondeu, esta quarta-feira, ao ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que hoje afirmou que o Ocidente deveria “esquecer” o presidente russo, Vladimir Putin, e enviar caças para a Ucrânia.
Numa publicação na rede social Twitter, o político russo afirmou que os apelos de Boris Johnson foram “em vão” e que o britânico, que descreveu como "jornalista despenteado", “estaria melhor a escrever a sua coluna de carros para a GQ”, numa referência a um artigo que Boris publicou na revista GQ, em 2007, no qual partilhou a sua experiência ao conduzir um Ferrari F430 e lhe valeu o título de “o pior escritor de sempre sobre automóveis”.
“Boris Johnson, o jornalista despenteado e fã de festas de confinamento proibidas, está novamente a apelar por jatos de combate para Kyiv. Tudo em vão. Nada ajudará o estado fracassado da Ucrânia. E Johnson estaria melhor a escrever a sua coluna de carros para a GQ”, escreveu Medvedev.
Boris Johnson, the shaggy journalist and fan of outlawed lockdown parties, is again clamouring for fighter jets for Kiev. All in vain. Nothing will help the failed state of the Ukraine. And Johnson would be better off writing his car column for GQ
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) February 1, 2023
Esta quarta-feira, em entrevista à Fox News, após uma visita ao Capitólio, Boris afirmou que o Ocidente deve “dar aos ucranianos o que eles precisam o mais rapidamente possível” e rejeitou a ideia de que o envio de mais ajuda militar poderá desencadear um conflito nuclear.
O ex-governante britânico frisou ainda que é altura de “esquecer Putin” e pensar na “estabilidade económica, na paz e na prosperidade a longo prazo”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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