A fonte governamental não precisou as questões que foram abordadas no contacto entre Hayashi e Qin, segundo a agência noticiosa japonesa.
Estas foram as primeiras conversações entre os dois ministros desde que Qin deixou as funções de embaixador da China em Washington para substituir Wang Yi no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em dezembro.
O contacto telefónico ocorreu um dia depois de Hayashi ter recebido o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, em Tóquio, num encontro em que ambos reafirmaram o apoio à Ucrânia e o empenho em sanções contra a Rússia.
Numa palestra na Universidade Keio em Tóquio, também na quarta-feira, Stoltenberg disse que a crescente assertividade e colaboração da China com a Rússia representam um desafio não só para a Ásia, mas também para a Europa.
O chefe da Aliança Atlântica disse que a China está a investir cada vez mais em armas nucleares e mísseis de longo alcance sem transparência e sem se envolver num diálogo significativo sobre o controlo de armas atómicas.
Ao mesmo tempo, referiu, Pequim aumenta a pressão sobre os países vizinhos e as ameaças contra Taiwan, a ilha que afirma ser território da China e que promete recuperar pela força, se for necessário.
"O facto de a Rússia e a China estarem a aproximar-se e os investimentos significativos por parte da China, e as suas novas capacidades militares, apenas sublinham que a China representa uma ameaça, representa também um desafio para os aliados da NATO", disse então Stoltenberg.
"A segurança não é regional, mas global", afirmou, pelo que a NATO precisa de garantir que tem amigos.
"É importante trabalhar mais de perto com os nossos parceiros no Indo-Pacífico", acrescentou.
Antes do Japão, Stoltenberg visitou a Coreia do Sul, outro aliado da NATO na região.
No novo Conceito Estratégico aprovado na cimeira de Madrid, em julho, a NATO incluiu pela primeira vez a China, ao considerar que as "ambições e políticas coercivas" do regime de Xi Jinping "desafiam os interesses, a segurança e os valores" da Aliança.
No documento, a NATO disse que a Pequim usa o seu poder económico para "criar dependências estratégicas e aumentar a sua influência", embora permanecendo opaca quando à "estratégia, intenções e acumulação militar".
Para a NATO, Xi e o líder russo, Vladimir Putin, mantêm uma "parceria estratégica" para tentar subverter a ordem internacional baseada em regras, o que é contrário aos interesses da Aliança Atlântica.
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