O veterano da Marinha dos EUA, Richard Osthoff, adiantou ao 'site' Politico que dois agentes do FBI o contactaram, depois deste ter falado publicamente sobre o relacionamento com Santos em 2016.
Osthoff contou ao 'site' de notícias que deu aos agentes mensagens de texto que trocou com Santos, que na época respondia pelo nome de Anthony Devolder.
O 'site' de notícias local Patch informou no mês passado que Osthoff, agora com 47 anos, estava a morar numa barraca em Nova Jersey, em maio de 2016, quando o seu animal de estimação desenvolveu um tumor no estômago com risco de vida.
Um veterinário colocou Osthoff em contacto com uma instituição de caridade de animais de estimação de Santos, Friends of Pets United, acrescentou o militar veterano.
As autoridades revelaram que a associação não era uma instituição de caridade registada, noticiou a agência Associated Press (AP).
De acordo com Osthoff, Santos abriu uma conta no GoFundMe e angariou 3.000 dólares (cerca de 2.750 euros) para a cirurgia de Sapphire, mas nunca o entregou. O cão morreu em 2017.
George Santos recusou-se a responder a perguntas sobre este assunto e também recusou prestar declarações no Congresso norte-americano esta quinta-feira.
Em 19 de janeiro, no entanto, o republicano escreveu na rede social Twitter que os relatos de que deixou um cão morrer "são chocantes e insanos".
"O meu trabalho na defesa dos animais foi o trabalho de amor e trabalho duro. Nas últimas 24 horas, recebi fotos de cães que ajudei a resgatar ao longo dos anos, juntamente com mensagens de apoio", sublinhou.
O congressista tem estado envolto em polémica, relacionada com suspeitas quanto ao financiamento da campanha mas também sobre informações falsas do seu passado.
George Santos, eleito por Nova Iorque, anunciou esta terça-feira que vai abandonar temporariamente as duas comissões do Congresso nas quais participava, um dia depois de se ter reunido com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.
As questões em torno de George Santos vão além das suas declarações falsas aos eleitores, relacionando-se também sobre se a sua campanha no Congresso seguiu a lei no seu relatório à Comissão Eleitoral Federal.
Tem havido questões persistentes sobre irregularidades nos relatórios financeiros da sua comissão de campanha e sobre a fonte da riqueza de George Santos.
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