Da cimeira entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, (em representação dos 27 Estados-membros) e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resultou uma declaração conjunta que estabelece como uma das prioridades prolongar o "apoio político e militar pelo tempo que for necessário".
"Isto incluiu uma assistência militar de 3.6 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Paz e o lançamento da Missão de Assistência Militar da UE para treinar numa primeira fase 30.000 militares em 2023", lê-se na declaração conjunta, dividida de 32 pontos.
Parte da declaração é dedicada à vontade que o bloco comunitário e o Kiev têm em fazer a Rússia pagar duplamente: pelos eventuais crimes de guerra cometidos desde 24 de fevereiro e pela reconstrução do país, fustigado por bombardeamentos e combates que ocorreram, muitas vezes, em áreas urbanas.
No documento está assinalado o compromisso de julgar os oficiais de Mosocovo responsáveis "pela grosseira violação da lei internacional".
"A Ucrânia enfatizou a preferência pela criação de um Tribunal Especial. Apoiamos o desenvolvimento de um centro internacional para julgar o crime de agressão na Ucrânia em Haia [Países Baixos] com o propósito de coordenar a investigação do crime de agressão contra a Ucrânia, preservar e guardar provas para julgamentos futuros. O centro vai estar associado à Equipa de Investigação Conjunta apoiada pelo Eurojust [Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça Criminal]", acrescenta-se.
Também é intenção de Bruxelas e de Kiev encontrar maneiras de fazer o Kremlin pagar pela destruição das infraestruturas críticas, habitações, hospitais, escolas, estradas, edifícios governamentais assolados pela guerra.
Von der Leyen têm referido inúmeras vezes que não abdica de fazer "o criminoso pagar e ser responsabilizado".
A manutenção do apoio humanitário e financeiro, a intenção de trabalhar com a Agência Internacional de Energia Atómica para salvaguardar a central nuclear de Zaporíjia e de alcançar um acordo de paz que cumpra as exigências de Kiev, em particular a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, incluindo as zonas anexadas, também estão explanados nesta declaração.
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