FBI detém líder neonazi que queria atacar sistema elétrico de Baltimore
As autoridades dizem que o ataque tinha motivações racistas, já que o objetivo seria "destruir" a cidade em que 61% da população é afro-americana.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
As autoridades federais norte-americanas detiveram na semana passada duas pessoas, suspeitas de estarem a preparar um ataque contra as infraestruturas energéticas da cidade de Baltimore, no estado de Maryland.
Segundo avança esta segunda-feira a NBC News, citando a polícia federal (FBI), um dos dois detidos é Brandon Russell, um conhecido líder neonazi, e o ataque teria intenções "raciais ou etnicamente motivadas", já que 61% da população de Baltimore é afro-americana.
Brandon Russell é fundador da Atomwaffen Division, um grupo neonazi que admira Charles Manson (autor de um dos mais mediáticos homicídios de sempre, nos Estados Unidos) e organizações não-governamentais descrevem-no como violento e com intenções anarquistas e racistas.
Além de Russell, foi detida uma mulher, identificada como Sarah Clendaniel. As detenções dos dois suspeitos foram efetuadas nos estados da Flórida e Maryland, respetivamente.
A NBC News explica que os planos para atacar a energia de Baltimore surgiram em junho do ano passado e, desde então, o FBI foi-se inteirando da atividade do grupo, antes de proceder às detenções. Na acusação contra os dois suspeitos, o FBI diz que Russel foi abordado por um informante da polícia, que lhe disse que queria "atacar subestações elétricas e que ajudou com procedimentos para causar o máximo de estragos possível".
Os dois suspeitos trabalharam então com o informante de forma acelerada, já que Sarah Clendaniel disse que sofria de uma doença terminal nos rins.
Numa conversa gravada pelo informante, Clendaniel terá expressado grande vontade em "destruir completamente a cidade" ao atacar as cinco principais estações de fornecimento energético em Baltimore.
A detenção dos dois suspeitos e os seus planos para atacar subestações elétricas surge depois de ataques no final do ano passado na Carolina do Norte, quando um tiroteio danificou o fornecimento de energia elétrica em mais de 45 mil casas e empresas.
Pouco depois, no fim de semana do Natal, novos ataques em quatro subestações elétricas no estado de Washington causaram apagões em outras 14.000 residências e negócios.
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