As operações de resgate após um dos sismos mais mortíferos da história da Turquia continuam a todo o vapor, com as equipas médicas e de coordenação de desastres a trabalharem intensamente para encontrar o maior número de sobreviventes entre os escombros das cidades de Hatay, Sanhurfa, Kahramanmaras, Adiyaman e Malatya, no sudoeste do país.
Apesar das condições meteorológicas adversas, das temperaturas baixas e da escala de devastação, a esperança mantém-se e aos meios de comunicação social chegam histórias verdadeiramente milagrosas, de sobreviventes que emergiram do entulho em que se transformaram as cidades atingidas pelo sismo de 7.8 de intensidade na escala de Ritcher.
É o caso de Rümeysa Yalcinkaya, de 24 anos, que foi resgatada 27 horas depois de ter ficado soterrada nos destroços do prédio de sete andares onde vivia, em Kahramanmaras. Os gritos da jovem foram ouvidos por um elemento das equipas de resgate na noite de segunda-feira. Após 11 horas de intenso trabalho, Rümeysa foi salva e está bem de saúde.
Outro exemplo de sobrevivência é o de Döne Özkiliç e os seus filhos menores Abdulkadir, Beyza e Elif. Os quatro foram retirados dos escombros de um prédio destruído em Nizip, Gaziantep, 28 horas depois do sismo. Alguns sofreram ferimentos e tiveram de ser transportados para o hospital mas, ao que tudo indica, não correm risco de vida.
Miran Tekes, de três anos, e Abdullah Uraz Sivas, de 26, foram igualmente resgatados depois de mais de 20 horas soterrados nos escombros de um prédio de cinco andares no distrito de Çavusoglu, no centro da cidade de Malatya. Ambos foram transportados para hospital por terem sofrido alguns ferimentos.
Nas redes sociais foi partilhado um vídeo que mostra o resgate de Miran. Nas imagens vê-se o menino a ser beijado pelos socorristas após o salvamento.
Na manhã desta terça-feira surgiram ainda mais casos de sobreviventes à tragédia. Aysun Yilmaz, de 16 anos, foi resgatada 29 horas depois do sismo. Estava debaixo dos destroços de um apartamento de seis andares, em Gaziantep.
Já Sabire Dogan foi retirada ao fim de 32 horas de baixo das ruínas de um prédio em Adijaman. Após “enormes esforços” das equipas de resgate, segundo a imprensa internacional, a mulher foi salva e transportada para o hospital.
Hulja Jilmaz, de 30 anos, e o seu bebé de seis meses, Ajse, foram resgatados das ruínas de um prédio em Hataj, em Antakya, depois de 29 horas após o sismo. Ambos foram transportados para o hospital e estão a recuperar dos ferimentos.
Um bebé de 15 meses foi também encontrado com vida sob as ruínas de um prédio em Kahramanmaras, 31 horas após o terramoto.
Da Síria também nos chegam casos que mais parecem tirados de um filme. Um bebé nasceu sob os escombros de uma cidade completamente destruída e sobreviveu ao frio durante horas. Já a mãe não teve a mesma sorte. Acabou por morrer sem ver o filho.
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