Presidente do Brasil deverá participar na cimeira da CPLP em São Tomé
O embaixador brasileiro em São Tomé e Príncipe disse hoje que o Presidente do Brasil deverá participar na cimeira da CPLP, prevista para julho na capital são-tomense, realçando o interesse que Lula da Silva sempre demonstrou na organização lusófona.
© Lusa
Mundo Brasil
"Eu acredito, embora não esteja confirmada ainda, mas o Presidente Lula enquanto esteve no Governo participou de todas as cúpulas da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], então é possível que ele também venha a São Tomé e Príncipe este ano", disse Pedro Dalcero, que entregou as cartas credenciais como novo embaixador do Brasil junto do Estado são-tomense.
O diplomata brasileiro disse também que "o Presidente Lula [da Silva] fez um convite oficial ao Presidente Carlos Vila Nova para visitar o Brasil", e que a data e os detalhes da visita, que poderá acontecer ainda este ano, será acertada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe.
Após entregar as cartas credenciais, Pedro Dalcero reuniu-se com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, com quem analisou a cooperação bilateral entre Brasil e São Tomé e Príncipe.
"A história de São Tomé e Príncipe e a história do Brasil estão interligadas, temos laços culturais, falamos a mesma língua e temos laços de sangue [...] faz sentido que esses laços se intensifiquem", advogou.
Pedro Dalcero sublinhou que nos seus dois mandatos anteriores o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva "renovou e aprofundou as relações do Brasil com o continente africano", tendo sido durante o seu primeiro mandato em 2003 que foi aberta a embaixada do Brasil em São Tomé e Príncipe, no mesmo ano em que Lula da Silva visitou o arquipélago.
"Nós temos uma tradição na área da cooperação, formação profissional, na saúde, gestão pública, e todas essas áreas o Brasil tem atuado com muita intensidade nos últimos 20 anos [...] o meu desafio como embaixador é elevar essa relação à um novo patamar", apontou.
O diplomata referiu que pretende agora trabalhar para "atrair empresários brasileiros para São Tomé e Príncipe", considerando que o país "pode ser um parceiro importantíssimo para o Brasil nas relações comerciais com os países da costa africana".
Desde 2014 que São Tomé e Príncipe e Brasil têm uma cooperação militar no domínio da guarda costeira, sobretudo na formação de fuzileiros navais da marinha são-tomense.
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