O grupo de migrantes era explorado em atividades de construção de alojamentos e armazéns, em Rio do Sul, município do estado de Santa Catarina, segundo comunicado do Ministério do Trabalho.
O coordenador da operação de resgate, Joel Darcie indicou que os venezuelanos trabalhavam em condições degradantes e "na mais absoluta informalidade".
"Instalaram-nos em quartos improvisados, sem camas nem casas de banho. Viveram num local improvisado durante uma semana, enquanto trabalhavam na construção", descreveu Darcie.
O representante do Governo brasileiro contou que num desses quartos encontraram "dois bebés de 4 dias, filhos gémeos de uma das trabalhadoras".
Os venezuelanos residiam nas cidades de Chapecó e Itapiranga e souberam da oferta de emprego a partir de uma publicação numa rede social, "dirigida exclusivamente" para cidadãos daquela nacionalidade.
A oferta incluía um salário mensal de até 3.000 reais (cerca de 535 euros) para refugiados venezuelanos no Brasil, além de hospedagem e alimentação fornecidas pela empresa.
As autoridades brasileiras transferiram os trabalhadores para hotéis da região e obrigaram a empresa a pagar os seus direitos de trabalho, que chegaram a um valor de 240 mil reais (42,9 mil euros).
Segundo dados oficiais, no ano passado o Brasil resgatou 2.575 trabalhadores em condições análogas à escravidão.
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