EUA fecha espaço aéreo no oeste do país devido a "anomalia de radar"
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA anunciou ter fechado durante mais de uma hora o espaço aéreo do estado de Montana (oeste) após ter detetado uma "anomalia de radar".
© Lusa
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"A FAA fechou uma parte do espaço aéreo em Montana para apoiar as operações do Departamento de Defesa. O espaço aéreo foi reaberto", disse o órgão regulador da aviação civil norte-americano, num comunicado.
O Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD, na sigla em inglês) disse mais tarde que o encerramento do espaço aéreo, que durou pouco mais de uma hora, ocorreu depois de ter detetado "uma anomalia de radar".
O NORAD disse ter enviado caças para investigar, mas os aviões de combate não identificaram qualquer objeto correspondente aos sinais do radar.
O encerramento do espaço aéreo de Montana surgiu horas depois do NORAD ter abatido um objeto voador não identificado a grande altitude, no norte do Canadá, repetindo uma ação semelhante dos EUA, na sexta-feira.
"Ordenei o abate de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo do Canadá. O NORAD abateu o objeto no espaço aéreo do Yukon, a Força Aérea do Canadá e dos EUA juntaram-se, e um F-22 norte-americano disparou com sucesso contra o objeto", escreveu o primeiro-ministro do Canadá, na rede social Twitter.
Numa segunda mensagem, citada pela agência de notícias Associated Press, Justin Trudeau acrescentou: "As forças armadas canadianas vão agora recolher e analisar os destroços do objeto".
Numa conferência de imprensa, a ministra da Defesa canadiana confirmou que o Canadá mandou abater o pequeno objeto "cilíndrico" que sobrevoava o país a cerca de 12 mil metros de altitude por representar uma ameaça para a aviação civil.
Anita Anand acrescentou que o objeto foi abatido às 15h41 (20h41 de sábado em Lisboa), na área central de Yukon, a cerca de 160 quilómetros da fronteira com os Estados Unidos.
A ministra admitiu que o objeto parecia ser semelhante, embora menor, a um alegado balão espião chinês que passou quase uma semana a sobrevoar o espaço aéreo norte-americano e canadiano antes ser abatido por aviões norte-americanos, em 04 de fevereiro.
"Não seria prudente eu especular sobre a origem do objeto neste momento", explicou Anand.
Embora o objeto tenha sido detetado horas antes de ser abatido, a falta de luz do dia, que permitiria uma identificação visual, fez com que as autoridades canadianas esperassem antes de dar ordem para a sua neutralização.
Este foi o terceiro objeto voador não identificado a violar o espaço aéreo da América do Norte no espaço de duas semanas.
Os militares norte-americanos abateram um segundo objeto no espaço aéreo do Alasca na sexta-feira, mas as autoridades não deram detalhes sobre o tipo de objeto voador abatido.
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