EUA recusam acusações de uso de balões espiões em território da China

Os Estados Unidos rejeitaram hoje acusações da China de que enviaram balões espiões para sobrevoar território chinês, numa altura de tensão entre os dois países depois de a aviação norte-americana ter destruído um engenho chinês desse tipo.

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© Chase Doak/via REUTERS

Lusa
13/02/2023 14:06 ‧ 13/02/2023 por Lusa

Mundo

China/EUA

"Qualquer afirmação de que o governo dos Estados Unidos está a usar balões espiões sobre a China é falsa", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, citada pela agência francesa AFP.

Horas antes, Pequim dissera que balões norte-americanos tinham sobrevoado a República Popular da China mais de uma dezena de vezes ao longo de 2022.

Watson considerou que Pequim está a fazer "controlo de danos" depois de Washington ter acusado o Governo chinês de ter um programa de espionagem com recurso a balões.

"É a China que possui um programa de balões espiões de grande altitude para colher informações, que utilizou para violar a soberania dos Estados Unidos e de mais de 40 países em cinco continentes", disse Watson numa mensagem na rede social Twitter.

A China disse que o balão abatido pelos Estados Unidos na semana passada era para uso meteorológico e que se tinha afastado da rota normal devido a ventos fortes.

O incidente levou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Anthony Blinken, a adiar uma visita oficial à China.

Numa conferência de imprensa em Pequim, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin disse que "é comum que balões dos Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países".

Wang disse que os balões de grande altitude norte-americanos entraram no espaço aéreo chinês "sem a aprovação das autoridades" de Pequim.

"Os Estados Unidos devem refletir e mudar de atitude antes de iniciarem a confrontação e acusar os outros com calúnias", disse Wang.

Desde o primeiro incidente, outros objetos voadores foram avistados sobre o Canadá e os Estados Unidos, antes de serem abatidos, mas desconhece-se a sua origem.

Leia Também: Pequim acusa EUA de ter sobrevoado a China com "balões" dez vezes em 2022

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