"A Hungria espera que todos os membros da comunidade internacional realizem ações a favor da paz o mais rapidamente possível e evitem ações que possam prolongar ou intensificar a guerra", escreveu o ministro húngaro numa mensagem divulgada na rede social Facebook após a deslocação surpresa à capital bielorrussa, Minsk.
"Muitos vão atacar esta iniciativa, de certeza, mas os canais de comunicação devem permanecer abertos", justificou Szijjarto, na mensagem, que é acompanhada por uma fotografia do momento em que apertou a mão ao seu homólogo bielorrusso, Sergei Aleïnik.
Membro da NATO e da União Europeia (UE), a Hungria atua tem adotado desde o início da ofensiva russa na Ucrânia uma posição diferente da dos seus parceiros.
Apesar de ter condenado a invasão e votado a favor de sanções contra Moscovo, o primeiro-ministro, Viktor Orbán, não cortou relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, e recusa-se a enviar armas para a Ucrânia, pedindo regularmente um cessar-fogo e negociações.
"Sem canais de comunicação não há negociações e sem negociações não há paz", sublinhou Szijjarto.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros húngaro não divulgou o programa preciso da visita.
No poder da Bielorrússia desde 1994, Alexander Lukashenko foi reeleito em 2020, mas as presidenciais foram consideradas uma fraude, o que levou dezenas de milhares de manifestantes às ruas, num movimento que só foi travado pelas detenções em massa, exílios forçados e prisão de ativistas.
A UE não reconhece a legitimidade do poder em Minsk e impôs sanções contra este país, usado pela presidência russa (Kremlin) como retransmissor dos argumentos de guerra russos contra a Ucrânia.
De acordo com a associação bielorrussa de direitos humanos Viasna, o país tem atualmente mais de 1.400 presos políticos.
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