O pedido da OIM foi acompanhado por 47 parceiros, incluindo os governos da Etiópia, Somália, Djibuti e Iémen, que exigiram "ações imediatas", num evento realizado em Nairobi, e ajuda urgente para "mais de um milhão de migrantes e para as comunidades que os acolhem", refere a organização em comunicado.
A rota oriental no Corno de África, através do Iémen e dos Estados do Golfo, continua a ser alimentada por crises e conflitos no Sudão do Sul e na Somália, os efeitos da crise climática, como a seca intensa no Quénia, na Etiópia e na Somália, ou as inundações no Sudão do Sul.
"Estes migrantes são muitas vezes expostos à violência, exploração e abuso, com consequências trágicas. Temos de dar aos migrantes o apoio e dignidade que merecem", afirmou o diretor-geral da OIM, António Vitorino, sublinhando que "esta é uma crise facilmente esquecida no meio de outras crises globais".
O apelo e a ajuda financeira de 84 milhões de dólares (cerca de 79 milhões de euros) foram feitos através do Plano Regional de Resposta aos migrantes para o Corno de África e Iémen e pretende suprir as necessidades humanitárias e atenuar riscos e vulnerabilidades que os migrantes enfrentam.
A OIM estima que, para chegar à costa do Iémen, mais de 250.000 migrantes tentam atravessar regiões semidesérticas todos os anos, expostos a "perigos extremos" como desidratação ou fome, bem como ataques de grupos armados que operam em partes do Corno de África.
Assim que chegam ao Iémen, muitos deles tentam continuar a sua viagem para a Arábia Saudita e a outros países da Península Arábica.
"O número de migrantes está a aumentar e alguns destes problemas agravam-se", alertou Hanna Tetteh, enviada especial da OIM para a região do Corno de África.
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