O presidente francês Emmanuel Macron recebeu hoje, em Paris, o principal diplomata chinês, Wang Yi, três meses depois de se ter encontrado com o presidente da China, Xi Jiping, na Indonésia, a quem apelou uma união de esforços contra o conflito na Ucrânia.
Segundo a presidência francesa, no encontro de hoje Macron e Wang Yi "discutiram a guerra travada pela Rússia na Ucrânia e as suas consequências nos países mais vulneráveis, nomeadamente em que termos de segurança alimentar e capacidade de financiamento".
"Ambos manifestaram o mesmo objetivo de contribuir para a paz, dentro do respeito pelo direito internacional", refere o Eliseu, citado pela Agência France-Presse.
A capital francesa é a primeira paragem na digressão europeia de Wang YI, que irá também a Itália, Hungria, Rússia e Alemanha.
A digressão de uma semana de Wang pela Europa é vista como parte dos esforços de Pequim para restabelecer laços com países europeus numa altura de tensão crescente com Washington, após os Estados Unidos terem abatido um suposto balão espião chinês no início deste mês.
A recusa da China em condenar a invasão russa da Ucrânia, há quase um ano, e em juntar-se a outros países na imposição de sanções à Rússia afastou Pequim do Ocidente e alimentou uma divisão emergente com grande parte da Europa.
Em dezembro, Wang defendeu o que disse ser a posição de imparcialidade de Pequim relativamente à guerra contra a Ucrânia e sinalizou que a China iria aprofundar os laços com a Rússia ao longo deste ano.
Desde o início da guerra, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia.
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