"O presidente Biden deixou Kyiv", disse uma fonte da Casa Branca (Presidência), em declarações aos jornalistas, depois de o presidente norte-americano ter passado mais de cinco horas na capital ucraniana, onde se encontrou com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, prestou homenagem aos soldados mortos no confronto com a Rússia e esteve reunido com funcionários da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA).
Tal como não tinham sido dados pormenores sobre o trajeto do presidente norte-americano na entrada em Kyiv, a Casa Branca também não forneceu quaisquer dados sobre a forma como Biden abandonou a capital ucraniana, regressando à Polónia, onde hoje inicia uma visita.
Em Kyiv, Biden lembrou que há um ano as forças russas tentaram tomar a capital ucraniana numa operação relâmpago, tentando destruir os seus pontos vitais, mas falhando o seu objetivo.
"Um ano depois, Kyiv está de pé. A Ucrânia está de pé. A democracia está de pé. Os americanos estão ao vosso lado. O mundo está ao vosso lado", disse Biden.
As autoridades ucranianas retribuíram a homenagem do líder dos EUA, atribuindo a Biden uma placa comemorativa no Passeio do Valor, em Kyiv, que foi hoje inaugurado pelo chefe de Estado norte-americano e pelo presidente ucraniano.
Neste espaço de nomes homenageados, o nome de Biden junta-se ao de outros dirigentes estrangeiros que se têm distinguido pelo apoio à Ucrânia face à invasão russa, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.
Em dezembro passado, Biden recebeu em Washington o presidente Volodymyr Zelensky, naquela que foi a primeira deslocação do líder ucraniano ao estrangeiro desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado.
Biden tinha anunciado que ia visitar esta semana a Polónia, país que faz fronteira com o território ucraniano, para analisar a evolução da guerra na Ucrânia.
Na Polónia, Biden vai encontrar-se com o homólogo polaco, Andrzej Duda, "para falar sobre a cooperação bilateral e esforços coletivos para apoiar a Ucrânia e fortalecer as capacidades de dissuasão da NATO", adiantou a Casa Branca quando anunciou a deslocação.
A visita, agendada até quarta-feira, também se destina a assegurar a continuação do envio de milhares de milhões de dólares em ajuda económica e militar à Ucrânia, num momento em que se prevê que a Rússia esteja a planear uma nova ofensiva.
Biden também irá estar com representantes do grupo Bucareste 9, que reúne países do leste europeu que são membros da Aliança Atlântica (Polónia, Roménia, Bulgária, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia e Eslováquia).
Para terça-feira está previsto um discurso de Biden em Varsóvia no qual repetirá que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia "o tempo que for necessário", referiu a Casa Branca.
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