A primeira visita de Joe Biden à Ucrânia desde o início da invasão russa esteve envolta em bastante secretismo e claro, muito planeamento. Numa declaração feita na manhã desta segunda-feira, a Casa Branca revelou os desafios logísticos que a viagem representou.
Kate Bedingfield, diretora de comunicações da Casa Branca, disse que a visita foi "complicada e difícil".
"Ao contrário de visitas anteriores de presidentes a zonas de guerra, como Iraque e Afeganistão, os EUA obviamente não têm presença militar na Ucrânia, o que tornou a visita de um presidente em exercício ainda mais desafiante", disse, citada pela Sky News.
Apesar da dificuldade, acrescentou que o presidente está disposto a correr o risco, e a viagem passou uma "mensagem poderosa".
Jonathan Finer, vice-conselheiro de segurança nacional norte-americano, acrescentou que a visita secreta foi "meticulosamente planeada durante meses" e realizada numa escala muito menor do que as visitas anteriores, com apenas um "punhado" de pessoas envolvidas.
Recorde-se que o presidente dos Estados Unidos esteve hoje em Kyiv para uma visita não anunciada, a primeira desde o início da invasão russa, que completa um ano na sexta-feira, informou a imprensa ucraniana.
Biden encontrou-se com Volodymyr Zelensky na capital ucraniana, depois de os dois se terem reunido, pela primeira vez, a 21 de dezembro.
Durante a visita, Biden prometeu mais armamento à Ucrânia e garantiu ao país o apoio inabalável dos Estados Unidos diante da invasão russa.
"Vou anunciar a entrega de outros equipamentos essenciais, incluindo munições de artilharia, sistemas de antiblindagem e radares de vigilância aérea", disse Joe Biden, segundo um comunicado da Presidência norte-americana.
Além desta ajuda adicional à Ucrânia no valor de 500 milhões de dólares (467 milhões de euros), Joe Biden referiu que esta semana anunciará mais sanções contra a Rússia. Biden fez este anúncio numa declaração ao lado do seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Palácio Mariinsky, em Kyiv.
"Um ano depois, Kyiv está de pé. E a Ucrânia está de pé. A democracia permanece viva", afirmou Biden.
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