China vai continuar a desempenhar "papel construtivo", diz MNE chinês
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, afirmou hoje que a China "vai continuar a desempenhar um papel construtivo na crise ucraniana", apelando a que "não se alimente a chama da guerra".
© VCG/VCG via Getty Images
Mundo Crise
Durante um evento sobre questões de segurança, organizado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, Qin instou ainda "alguns países" a "pararem com provocações", quando afirmam que 'a Ucrânia de hoje é a Taiwan de amanhã'.
O ministro assegurou que a China está "pronta para trabalhar a nível multilateral e bilateral com todos os países" e afirmou que Pequim "vai defender o consenso de que 'uma guerra nuclear não deve e não pode ser travada'".
A China "rejeita uma corrida ao armamento" e "encoraja soluções políticas para o conflito", disse o ministro.
Durante o evento, foi ainda apresentado um documento sobre a Iniciativa de Segurança Global, conceito proposto pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em abril de 2022, e que estipulou como objetivos o respeito à integridade territorial de todos países e a não interferência nos assuntos internos de outras nações.
A iniciativa "apoia uma estrutura de governação internacional liderada pelas Nações Unidas" e o papel da organização multilateral na "prevenção de guerras e na manutenção da paz", disse Qin, acrescentando que a "segurança é um direito de todos os países e não uma patente exclusiva de alguns".
Durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique, o Diretor do Gabinete para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), Wang Yi, reiterou que a China vai continuar a fazer "esforços" em prol da paz na Ucrânia e que o seu país sugeriu que Kiev e Moscovo "se sentem juntos", para negociar uma "solução política" para o conflito.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua, na qual apelou ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
Wang Yi vai visitar Moscovo, esta semana, quando se assinala um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia.
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