Um jovem negro, de 19 anos, foi alvo de um violento homicídio em Nova Iorque, no bairro de Brooklyn, nos Estados Unidos, com as autoridades a encontrarem o seu corpo queimado numa ferrovia na cidade, no passado dia 7 de fevereiro. O adolescente era assumidamente homossexual e a família acredita que o seu homicídio se trate de um crime de ódio.
O alerta surgiu quando a mãe de DeAndre Matthews se apercebeu do desaparecimento do filho no início do mês, pouco depois de sair do local de trabalho numa empresa de aluguer de viaturas. Danielle Matthews contou à ABC News que utilizou o sistema de localização do seu carro para descobrir o veículo, encontrando-o a cerca de 10 minutos da casa onde ambos viviam.
Quando chegou ao local, Danielle viu as janelas escurecidas e chamou a polícia. Quando as autoridades abriram a porta da viatura, saiu fumo dos bancos de trás. "Soube naquele momento que tinha perdido o meu filho", disse a mãe do jovem.
Poucas horas depois, após uma chamada para os serviços de emergência, a polícia encontrou o corpo de DeAndre Matthews numa linha de caminhos de ferro em Flatbush, a poucos quilómetros de onde tinha sido encontrada a viatura.
O seu corpo apresentava queimaduras graves, além de ter sido identificado um ferimento de bala na cabeça e sinais de inalação de fumo. Foi determinado que a causa de morte fora um tiro na cabeça e as autoridades declaram a morte do jovem como um homicídio.
Please uplift #DeandreMatthews and share widely. Join us tonight at 6pm in the Community Room at Restoration Plaza, 1368 Fulton St. Brooklyn NY
— Brooklyn Community Pride Center (@LGBTbrooklyn) February 16, 2023
We ask those who plan to join us or who may need support during this time to send @AudreLordeProject a dm or email india@alp.org pic.twitter.com/Ofr0iXFK7v
Segundo a ABC News, a morte de Matthews está a ser investigada, não tendo sido feitas quaisquer detenções.
A mãe do adolescente acredita que, devido à gravidade dos ferimentos, o homicídio se trate de um crime de ódio por causa da orientação sexual do rapaz. Danielle Matthews sugeriu ainda que os possíveis homicidas terão conhecido DeAndre através da internet.
"O DeAndre era muito ingénuo. O meu filho confiava em toda a gente e pensava que ninguém lhe fosse fazer mal", contou.
Algumas associações de direitos LGBTQ+ realizaram uma vigilia no passado dia 16 de fevereiro em homenagem ao jovem, protestando também contra a violência levada a cabo sobre pessoas 'queer'.
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