Em reunião com estrangeiros em Londres, o secretário do Estado de Forças Armadas, James Heappey, estimou que, com o atual nível e sofisticação do armamento facilitado, é de se esperar que uma nova intenção ucraniana de recuperar território prospere.
"Então não quero dizer necessariamente que é realista esperar uma vitória total. Mas significa que, ao contrário das ofensivas russas das últimas semanas, que estão a falhar e a que os ucranianos têm resistido muito bem, a (Ucrânia) será capaz de ter êxito numa nova ofensiva graças ao apoio que agora tem", assegurou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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