União Europeia condena lançamento de míssil intercontinental por Pyongyang
A União Europeia (UE) condenou hoje veementemente o "lançamento ilegal" um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte a 18 de fevereiro e subsequente disparo de mísseis balísticos de curto alcance dois dias depois, ações que classifica como imprudentes.
© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images
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Numa declaração em nome dos 27 Estados-membros hoje divulgada, o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, sublinha que estas "ações perigosas e imprudentes violam de forma flagrante as resoluções do Conselho de Segurança da ONU" e exorta "todos os Estados-membros das Nações Unidas" a juntarem-se à UE no apelo a Pyongyang "para que cesse imediatamente todos os lançamentos de mísseis e retome o diálogo com as partes relevantes".
"Para encorajar um reatamento da diplomacia pacífica, é fundamental que todos os Estados-membros da ONU demonstrem o seu empenho na plena implementação das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU", declara Borrell, acrescentando que "a UE continuará a trabalhar com parceiros para restringir os fluxos de financiamento, conhecimentos e componentes que a Coreia do Norte poderia utilizar para apoiar o seu programa de armamento ilegal", lê-se na declaração.
O chefe da diplomacia europeia insiste que "a única via viável para uma paz e segurança sustentáveis na península coreana reside no cumprimento por parte da Coreia do Norte das suas obrigações ao abrigo das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
"A comunidade internacional deve responder de forma unida e firme antes que as ações da Coreia do Norte minem ainda mais a arquitetura internacional de não-proliferação e levantem tensões militares na região", adverte Josep Borrell.
A terminar, o Alto Representante expressa a "total solidariedade da UE com o Japão e a República da Coreia" e aponta que o bloco comunitário "está pronto a trabalhar com parceiros na promoção de um processo diplomático significativo que vise a construção de paz e segurança sustentáveis através da desnuclearização completa, verificável e irreversível da península coreana".
Na passada segunda-feira, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance, menos de 48 horas após exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, e depois de na sexta-feira já ter lançado o seu Hwasong-15 ICBM a partir da costa leste, no primeiro teste do género desde 01 de janeiro, que caiu no mar do Japão.
Em resposta a este lançamento, o Governo nipónico, pela voz do primeiro-ministro, Fumio Kishida, condenou um ato "escandaloso" que "aumentou a provocação contra a comunidade internacional".
Em 2022, a Coreia do Norte realizou um número recorde de lançamento de mísseis, cerca de meia centena, em muitos casos em resposta a manobras conjuntas dos dois aliados e ao reforço da presença estratégica dos EUA na península.
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