Ativistas antigovernamentais bielorrussos reivindicaram, esta segunda-feira, a responsabilidade pelo que disseram ser um ataque com recurso a drones sobre uma aeronave militar russa que se encontrava nas imediações da capital do país, Minsk.
Por via de uma publicação na rede social Telegram, Aliksandr Azarov, o líder da organização antigovernamental BYPOL, reivindicou a responsabilidade pelo ataque de domingo, levado a cabo sobre uma aeronave de vigilância russa A-50, está a reportar a Sky News.
A mesma fonte explicou, ainda, que em causa estava uma operação que foi preparada durante vários meses e que acabou por danificar as partes frontal e central do avião, bem como o seu radar e antena. O aparelho encontrava-se na base aérea Machulishchy.
De recordar que, já desde o início da invasão russa sobre a Ucrânia, têm existido vários atos de sabotagem na Bielorrússia e nas regiões russas limítrofes da Ucrânia. O sistema ferroviário tem sido um dos principais alvos dessas iniciativas.
Isto apesar de, até ao momento, a Bielorrússia não se ter envolvido diretamente no contexto desta guerra - embora tenha, no entanto, permitido às forças russas que usassem o seu território como ponto de passagem e de treino para levarem a cabo as suas investidas.
Franak Viacorka, conselheiro do líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya, explicou numa publicação na rede social Twitter que esta se tratou do "ato de sabotagem mais bem-sucedido" desde o início do ano passado.
Two Belarusians conducted the operation. They used drones for this operation and have already left the country and are in safety now. The cost of the destroyed airplane is 330 mln euros.
— Franak Viačorka (@franakviacorka) February 26, 2023
Segundo explica a Sky News, o avião Beriev A-50 tem capacidades de comando e controlo aéreo, conseguindo rastrear até 60 alvos de cada vez.
Desde o início da guerra, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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