Um tribunal ucraniano condenou dois soldados russos, entretanto capturados pelas forças ucranianas, a penas de prisão por terem sido considerados culpados em episódios de bombardeamento de áreas residenciais no leste da Ucrânia, avançou o Serviço de Segurança Ucraniano (SBU).
Num comunicado citado pelo Guardian, a fonte revela que um dos combatentes foi sentenciado a 10 anos de prisão, ao passo que o outro foi condenado a nove. Nenhum dos sujeitos foi, até agora, identificado.
Porém, o SBU alegou que ambos "participaram ativamente na invasão das cidades ucranianas" na zona oriental do país, tendo sido capturados já no ano passado.
O mesmo serviço explicou, ainda, que um dos soldados tinha começado a lutar ao lado dos separatistas pró-russos em 2014, na zona oriental da Ucrânia, tendo inclusive lutado pelo exército russo na zona de Bakhmut, no ano passado.
O outro dos combatentes, por sua vez, estaria a chefiar as forças russas que bombardearam as cidades orientais de Sievierodonetsk e Lysychansk - tendo sido capturado, nessa altura, juntamente com alguns dos seus subordinados.
"Como resultado das ações de investigação, foram recolhidas provas incontestáveis acerca da culpa de mais dois militantes que se juntaram às fileiras dos grupos de ocupação do país agressor no início da invasão em larga escala", explicou a declaração do SBU.
Os dois militares foram dados como culpados ao abrigo de leis referentes à invasão da integridade territorial e inviolabilidade da Ucrânia e da participação em formações paramilitares ou armadas não previstas na lei.
Desde o início da guerra, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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