O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, descreveu, esta segunda-feira, a alegada transferência forçada de milhares de crianças ucranianas para a Rússia como “provavelmente a maior deportação forçada da história moderna”.
“O crime mais arrepiante é que a Rússia rouba crianças ucranianas”, defendeu, numa mensagem de vídeo durante a 52.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.
“Isto é um crime genocida”, acusou Kuleba.
As acusações do ministro ucraniano surgem numa altura em que a Comissão Europeia e a Polónia anunciaram uma iniciativa que tem como objetivo encontrar as crianças ucranianas “raptadas” pelas tropas russas e “deportadas” para adoção na Rússia.
Segundo um estudo independente norte-americano, citado pela agência de notícias Reuters, estima-se que cerca de seis mil crianças ucranianas tenham sido deportadas para a Rússia desde o início da invasão russa da Ucrânia.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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