Num ato simbólico, a vacina foi administrada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, médico de profissão, num evento realizado na cidade de Guará, perto de Brasília, onde o Governo iniciou a nova campanha, que servirá inicialmente os maiores de 70 anos, os residentes de lares de idosos, os indígenas e os que sofrem de alguma forma de supressão imunológica.
A campanha vai utilizar vacinas bivalentes, que oferecem maior proteção contra as mais recentes variantes do coronavírus, que chegou ao Brasil há três anos e, segundo dados oficiais, causou até à data quase 699.000 mortes e 37 milhões de infeções.
Entre os alvos do Governo encontram-se pessoas que ainda não completaram o calendário de vacinação, pois verificou-se que menos de 50% dos 210 milhões de brasileiros têm as três doses que, segundo o Ministério da Saúde, é o que garante os níveis "mínimos necessários" de proteção.
"Pelo amor de Deus, não sejam irresponsáveis. Se tiver vacina, vá lá tomar a vacina, porque a vacina é a única garantia que você tem de não morrer por falta de responsabilidade. A vacina é uma garantia de vida", disse Lula da Silva, citado na imprensa local.
Luiz Inácio Lula da Silva fez uma referência velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que durante o seu mandato minimizou a gravidade da pandemia e até manteve uma campanha dura e sustentada contra a vacinação.
"Não acreditem no negacionismo, deixem o negacionismo para trás e não ouçam os disparates que dizem sobre vacinas", frisou.
Na mesma cerimónia, antes de Lula da Silva, uma mulher de 84 anos, um homem de 90 e uma jovem grávida foram vacinados, representando parte do povo a ser imunizado na primeira fase da campanha, que abrange cerca de 56 milhões de brasileiros.
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