"Blinken pediu para entrar em contacto com Lavrov. Na hora, no âmbito da segunda sessão do G20, Serguei Victorovich (Lavrov) conversou (com ele). Não foi uma negociação ou uma reunião", explicou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova.
Um alto funcionário dos EUA disse que Blinken aproveitou a conversa para apresentar três ideias a Lavrov: que os EUA apoiariam a Ucrânia no conflito pelo tempo que for necessário para encerrar a guerra, que a Rússia deveria reverter a sua decisão de suspender a participação no Novo tratado nuclear START e que Moscovo deveria libertar o americano detido Paul Whelan.
Lavrov, que chegou a Nova Deli na terça-feira, conversou ainda com seus homólogos da China, Brasil, Índia e Turquia, apesar de na quarta-feira ter indicado que não tencionava ter encontros bilaterais com os chefes da diplomacia chinesa e russa.
"Não tenho planos para reunir com eles no G20, embora eu suspeite que certamente estaremos juntos em algumas sessões", tinha dito Blinken, em Tashkent, capital uzbeque, de onde viajou para Nova Deli.
Lavrov e Blinken nunca se tinham reunido fisicamente e a sós desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Em agosto do ano passado, os dois diplomatas encontraram-se numa reunião ministerial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Phnom Penh, mas não houve conversa entre eles.
Dias depois desse encontro, Lavrov afirmou que não tinha detetado vontade da parte de Blinken para essa conversa.
"Não há planos de vê-los no G20, embora eu suspeite que certamente estaremos juntos em sessões de grupo de um tipo ou outro", disse Blinken em Tashkent, capital uzbeque, de onde viajou para Nova Deli.
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