No total, a comunidade chinesa doou 50 toneladas de cereais, 6.200 litros de óleo alimentar e outros produtos (entre alimentos, vestuário e cobertores), indicou César Tembe, diretor nacional da Divisão de Prevenção e Mitigação do INGD, citado pela agência de notícias chinesa Xinhua.
"Temos muita gente a precisar de apoio, penso que este donativo vai ajudar-nos a colmatar as necessidades que temos de apoiar as populações afetadas", declarou Tembe.
Os produtos vão beneficiar vítimas afetadas pelas inundações nas províncias de Gaza, Inhambane e Maputo, no Sul, e Sofala, no Centro.
Em Moçambique, a ocorrência de inundações é recorrente nesta altura do ano, mas, ainda assim, a pluviosidade tem estado acima do esperado: só na semana de 06 a 12 de fevereiro choveu quase o triplo da média dos meses de fevereiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inam).
A região sul de Moçambique, nomeadamente Maputo e arredores, foram atingidas por chuva intensa e cheias neste período, provocando 11 mortes, causando prejuízos a 43.500 pessoas e deixando várias infraestruturas públicas danificadas.
Entre outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, sujeita à passagem de tempestades e, ao mesmo tempo, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral.
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