O número de mortos da colisão entre dois comboios na noite de terça-feira, na Grécia, subiu para 57. A notícia é avançada pela estação britânica BBC, que cita um dos dez médicos legistas a trabalhar na investigação.
Segundo a médica Eleni Zaggelidou, foi recolhido o ADN de “57 corpos intactos”. O mais recente balanço dava conta de 46 vítimas mortais.
Quase dois dias após o acidente, continuam as operações de resgate nas carruagens destruídas para encontrar vítimas. Trata-se do “momento mais difícil”, segundo indicou um dos socorristas, porque “em vez de salvar vidas, recuperam-se corpos”.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, admitiu que a colisão frontal entre um comboio de passageiros e um comboio de mercadorias ocorreu devido a "um trágico erro humano".
"Tudo indica que o drama se deveu, infelizmente, a um trágico erro humano", explicou Mitsotakis, já depois de o ministro dos Transportes grego, Kostas Karamanlis, ter anunciado a demissão.
O chefe da estação de Larissa, a localidade mais próxima do acidente, no centro da Grécia, foi detido e acusado por "homicídio por negligência" e por ter sido a causa de "lesões corporais".
Já esta quinta-feira, o novo ministro dos Transporte, Giorgos Gerapetritis, pediu desculpa aos familiares das vítimas do acidente e apontou falhas graves na rede de comboios grega.
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