Turquia. Cáritas Macau enviou quase 200 mil euros para apoiar vítimas

A Cáritas Macau enviou quase 1,7 milhões de patacas (mais de 197 mil euros) para apoiar as vítimas dos sismos na Turquia e na Síria, disse hoje à Lusa o secretário-geral da organização.

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© Mehmet Kacmaz/Getty Images

Lusa
03/03/2023 09:06 ‧ 03/03/2023 por Lusa

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Paul Pun Chi Meng disse que a quantia foi recolhida durante o primeiro mês de uma campanha de angariação de fundos, lançada no dia seguinte aos sismos de 06 de fevereiro, que causaram mais de 50 mil mortos.

"A situação económica em Macau não tem sido boa nos últimos anos, por isso é uma quantia bastante elevada", sublinhou o responsável.

A taxa de desemprego na região chinesa entre outubro e dezembro fixou-se em 3,5%, mais do dobro do registado antes do início da pandemia de covid-19.

Paul Pun disse que a primeira doação feita pela organização humanitária da Igreja Católica em Macau vai servir para adquirir bens essenciais, como alimentação, roupa e tendas para dar abrigo aos desalojados.

O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse em 23 de fevereiro que 600 mil casas foram destruídas no país pelos sismos. Dois dias antes, o Presidente turco, Tayyip Erdogan, tinha apontado que cerca de 865 mil pessoas estavam a viver em tendas.

Numa segunda fase, o dinheiro angariado pela Cáritas Macau, em resposta a um apelo da entidade a nível internacional, "irá servir para ajudar a reconstruir" a Turquia e a Síria, explicou Paul Pun.

O secretário-geral disse acreditar que o valor vai continuar a aumentar até maio, lembrando que várias instituições de ensino de Macau se associaram à iniciativa e estão a realizar campanhas de angariação até ao final de março.

"O mais importante não é o valor dos donativos, mas sim que as pessoas de Macau e sobretudo as novas gerações saibam como responder a quem mais precisa", sublinhou Paul Pun.

Um ponto sublinhado também pelo português Fernando Lourenço, presidente da Associação Simang, "a primeira organização" de Macau a enviar bens essenciais para a Turquia, a 14 de fevereiro, uma semana depois dos sismos.

"Há muita gente que quer ajudar, mas no final a dificuldade é enviar o material", explicou à Lusa o macaense, membro de uma comunidade euro-asiática com raízes em Macau, muitos dos quais são lusodescendentes.

Graças a um voluntário turco que vive em Macau e entrou em contacto com o Consulado-Geral da Turquia em Hong Kong, a Simang conseguiu reservar um espaço para 65 caixas num avião de mercadoria.

"Foi uma missão difícil, porque tínhamos um tempo limitado, apenas dois dias para angariar os bens necessários, empacotar tudo e levar para o local predestinado", explicou à Lusa a também macaense Zélia Gonçalves, membro da Simang.

Os membros da associação, que incluem macaenses, portugueses e chineses, reuniram 30 mil patacas (3.500 euros) para comprar cobertores, desinfetantes, fraldas e roupa de Inverno -- "toda nova", sublinhou Fernando Lourenço.

"Se não houver organização, o material que for reunido pode não ser útil. Por exemplo, no início [as autoridades da Turquia] queriam muita roupa de Inverno, mas agora já não", explicou o professor universitário.

Leia Também: Cão resgatado dos escombros 23 dias após sismo na Turquia. Eis as imagens

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