O embaixador russo nos Estados Unidos acusou, esta sexta-feira, Washington de estar por trás dos recentes ataques na região russa de Bryansk, que vitimaram duas pessoas. Entre os feridos estará, garantem os russos, uma criança nascida em 2012.
"A cada carregamento de armas dos EUA, os criminosos de Kyiv têm cada vez mais permissividade. Inspirados pelo apoio dos Estados Unidos, avançam com atos desumanos, como o ataque terrorista na região de Bryansk. Washington está por trás daqueles que dispararam sobre civis e, portanto, é responsável por essas atrocidades. O sangue das vítimas já está 'nas mãos' dos Estados Unidos", disse Anatoly Antonov, citado pela agência estatal russa TASS.
O embaixador enfatizou que, "quanto mais vigorosamente o governo [norte-americano] ajuda Kyiv, mais frequentemente o regime ucraniano recorre a táticas terroristas, colocando mulheres, crianças e idosos na mira das armas da NATO".
Por isso, prometeu, "a Rússia continuará o mais impiedosamente possível a reprimir qualquer tentativa de ataque a civis, não podemos ser intimidados".
Na quinta-feira, os russos acusaram forças ucranianas de ter invadido a área de fronteira da região russa de Bryansk, num ataque que terá vitimado duas pessoas e deixado um menino, nascido em 2012, ferido.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia informou, citado pela TASS, que, juntamente com as forças do Ministério da Defesa da Rússia, tomou "ações para destruir os nacionalistas ucranianos armados que violaram a fronteira do estado". O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o incidente como um ato de terrorismo.
A 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia com o objetivo de "desnazificar" o país, causando um conflito armado que já resultou na morte de mais de 8 mil civis, segundo a ONU. A comunidade internacional tem criticado fortemente o Kremlin pelas ações de guerra, avançando com vários pacotes de sanções ao governo russo e a vários oligarcas do país.
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