O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky encontrou-se este sábado com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, na Ucrânia. O presidente ucraniano partilhou um vídeo na sua página de Telegram, onde mostrou vários momentos da visita de Metsola a Lviv, agradecendo-lhe "o apoio à Ucrânia desde os primeiros dias desta terrível guerra".
"Obrigado pelas importantes decisões tomadas pelo Parlamento Europeu", afirma, referindo-se especificamente ao pedido de adesão da Ucrânia à União Europeia, na qual "o Parlamento Europeu adotou uma resolução sobre o apoio e a necessidade de conceder à Ucrânia o status de candidato à adesão à UE".
"A Ucrânia pretende concluir a implementação das recomendações da Comissão Europeia o mais rápido possível e iniciar as negociações para entrar na UE já este ano", refere o líder ucraniano.
De recordar que, desde 24 de fevereiro de 2022, a União Europeia (UE), tradicionalmente indecisa e pouco harmoniosa em matérias de política externa e de segurança, tomou medidas absolutamente históricas, como financiar o fornecimento de armas a um país parceiro.
Aprovou ainda consecutivos pacotes de sanções à Rússia e concedeu estatuto de país candidato à Ucrânia em plena guerra, além de outros apoios de envergadura em ajuda humanitária, acolhimento de refugiados e apoio macrofinanceiro
Apesar de alguns 'choques' entre os Estados-membros, a UE conseguiu impor sanções de uma envergadura sem precedentes ao setor energético russo, do qual o bloco era altamente dependente a nível de importação de combustíveis fósseis, visando o carvão, petróleo e gás russo e privando assim o Kremlin de receitas avultadas.
Faz hoje precisamente um ano que a UE ativou, pela primeira vez na sua história, a diretiva de Proteção Temporária, estatuto ao qual recorreram 4 milhões de ucranianos, e cerca de 500 mil crianças encontram-se atualmente integradas nos sistemas de educação nacionais, incluindo de Portugal.
Absolutamente emblemática do quanto a guerra na Ucrânia fez mudar na União Europeia foi também a decisão dos líderes dos 27, a 23 de junho passado, de conceder o estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia, assim como à Moldova, outro país com aspirações europeias que se sente particularmente ameaçado por Vladimir Putin, apenas cerca de quatro meses após os dois países terem apresentado os seus pedidos.
Numa demonstração do compromisso europeu para com as aspirações europeias da Ucrânia, o colégio da Comissão deslocou-se no início do corrente mês a Kyiv para uma reunião com o governo ucraniano, na véspera de uma cimeira UE-Ucrânia celebrada também na capital ucraniana, tendo Bruxelas acolhido o Presidente Volodymyr Zelensky a 09 de fevereiro.
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