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"Mãe, filha e neta sofreram violência durante duas semanas em Kyiv"

A primeira-dama Olena Zelenska denunciou no sábado que foram registados 171 atos de violência sexual perpetrados por tropas russas na Ucrânia contra civis ucranianos. Entre as vítimas, há mulheres, homens e crianças.

"Mãe, filha e neta sofreram violência durante duas semanas em Kyiv"
Notícias ao Minuto

11:13 - 05/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A primeira-dama Olena Zelenska afirmou que foram registados 171 atos de violência sexual perpetrados por tropas russas na Ucrânia, indicando que estes crimes são uma política deliberada dos militares de Moscovo.

No seu discurso na conferência 'Unidos pela Justiça', que aconteceu no sábado, em Lviv, Zelenska considerou que "todos os responsáveis por crimes internacionais contra a Ucrânia" devem ser "levados à justiça".

"A verdade é que a vítima nunca é responsável pelo crime. É sempre o agressor, não a vítima. As vítimas devem saber que o Estado está sempre do seu lado, assim como todo o direito internacional", disse, ressalvando que "a condenação de violações russas e outros crimes de guerra é necessária como precedente".

Olena Zelenska revelou que as vítimas dos casos de violação não incluem apenas mulheres.

"Entre as vítimas, 39 homens e 13 menores, incluindo um rapaz. Sabemos disto porque as vítimas e os seus entes queridos foram capazes de testemunhar", contou, dizendo que poderá haver mais vítimas a sofrer "silenciosamente", principalmente em territórios ocupados.

A primeira-dama ucraniana relata ainda vários casos chocantes contra civis, ocorridos durante a invasão russa na Ucrânia.

"Ameaçando o uso de armas, os militares russos violaram repetidamente uma mulher de 62 anos, em Kherson", "uma menina e a mãe dela foram violadas, o pai foi espancado e obrigado a assistir, em Kyiv", "mãe, filha e neta sofreram violência dos ocupantes durante duas semanas em Kyiv", "uma mulher foi violada por três soldados russos em Svyatogorsk", relatou Olena, acrescentando que todas as vítimas estão agora a ser acompanhadas com ajuda psicológica para lidar com o trauma.

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