"Defesa de Bakhmut será um grande sucesso estratégico", diz Podolyak
Um conselheiro da presidência ucraniana disse, esta segunda-feira, que há consenso dentro do exército ucraniano para "continuar a defender" Bakhmut, que neste momento está no epicentro do conflito com os invasores russos.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"Existe um consenso entre os militares sobre a necessidade de continuar a defender a cidade e a desgastar as forças inimigas, enquanto são construídas novas linhas de defesa", disse Mykhaylo Podolyak, assessor da presidência ucraniana, numa altura em que se especulava sobre uma eventual retirada das forças comandadas por Kiev.
Para este conselheiro, "a defesa de Bakhmut alcançou os seus objetivos" esgotando as forças russas e dando tempo ao exército ucraniano para formar "dezenas de milhares de tropas para preparar uma contra-ofensiva".
"Mesmo que os líderes militares decidam, a certa altura, recorrer a posições mais vantajosas, a defesa de Bakhmut será um grande sucesso estratégico", explicou Podolyak.
A presidência ucraniana já tinha garantido hoje que iria reforçar as suas posições em Bakhmut.
Após uma reunião com o presidente ucraniana, Volodymyr Zelensky, os comandantes-chefe das Forças Armadas "manifestaram-se a favor da continuação da operação defensiva e do reforço das posições em Bakhmut", anunciou a presidência ucraniana.
A Rússia tem tentado, desde o verão de 2022, conquistar Bakhmut, uma cidade na Ucrânia oriental que tinha cerca de 70.000 habitantes antes da invasão russa, há um ano.
As forças russas têm avançado na região nos últimos dias, ameaçando cercá-la, mas os ucranianos continuam a defendê-la.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.173 civis mortos e 13.620 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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