As autoridades ucranianas encontraram 307 crianças que foram levadas pelas tropas russas para territórios atualmente ocupados pela Federação Russa. A informação foi avançada pelo comissário dos direitos humanos da Rada (parlamento da Ucrânia), Dmitro Lubinet.
“Estamos a trabalhar para trazer todos os ucranianos para casa”, garantiu o responsável, citado pela Reuters.
No domingo, a presidente do comité parlamentar de integração da União Europeia (UE), Ivanna Klympush-Tsintadze, avançou à Sky News que cerca de 13 mil crianças ucranianas foram deportadas para a Rússia desde o início da guerra.
"Temos cerca de 13 mil casos confirmados de crianças ucranianas que foram deportadas para diferentes partes da Federação Russa. No entanto, também temos informações sobre muitos outros que são contados em dezenas de milhares. Isso faz parte do genocídio que os russos estão a conduzir contra a nação ucraniana", disse Klympush-Tsintsadze.
Já na semana passada, a Comissão Europeia e a Polónia lançaram uma iniciativa que tem como objetivo encontrar as crianças ucranianas “raptadas” pelas tropas russas e “deportadas” para adoção na Rússia. A iniciativa tem o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e pretende ainda levar os responsáveis pelo “crime” à justiça.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate
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