Em várias mensagens na sua conta da rede social Twitter, o político congratulou o diretor Daniel Roher e os outros envolvidos na produção de 'Navalny, bem como a sua esposa Yulia e os seus aliados na Fundação Anticorrupção.
"Claro que estou terrivelmente contente, mas enquanto me alegro, procuro não esquecer que não fui eu que ganhou o Óscar, no final de contas", disse.
O documentário descreve a carreira de Navalny no combate à corrupção dos dirigentes, o seu envenenamento quase fatal em 2020, que atribuiu ao Kremlin a sua recuperação ao longo de cinco meses na Alemanha e o seu regresso a Moscovo, em 2021, quando foi imediatamente colocado sob custódia, no aeroporto. Condenado depois a dois anos e meio de prisão, Navalny viria a ter outra condenação a mais nove anos.
Navalny tem sofrido uma pressão constante dos dirigentes russos. Passou várias semanas em regime de isolamento, dentro de uma designada "cela de punição" e no mês passado foi colocado em uma unidade residencial restrita durante seis meses. Em termos concretos, tem sido privado de telefonemas ou visitas de familiares, apesar de aparentemente ser autorizado a escrever cartas e a receber advogados.
Nas mensagens na Twitter, Navalny confirmou que tinha sabido sobre o Óscar enquanto estava à espera de uma audiência em tribunal, agraves de uma ligação vídeo a partir da sua prisão.
Adiantou que o seu advogado procurou dar-lhe a notícia colocando uma folha de papel frente à câmara, mas que não conseguiu ver o que tinha escrito, pelo que o advogado teve de gritar "O teu filme ganhou um Óscar".
12/12 However, I dedicate my entire contribution to this film to honest and courageous people across the world who day after day find the strength to confront the monster of dictatorship and its constant companion, war.
— Alexey Navalny (@navalny) March 15, 2023
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