Altos responsáveis de ambas as organizações reuniram-se hoje pela primeira vez para pôr em marcha o grupo de trabalho cuja criação foi anunciada a 11 de janeiro pelo secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), Jens Stoltenberg, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A cooperação para reforçar as infraestruturas fundamentais ganhou ainda maior importância, consideram, após a sabotagem dos gasodutos Nord Stream e o uso da energia como arma por parte da Rússia, no âmbito da sua guerra de agressão à Ucrânia, indicaram a UE e a NATO, em comunicados separados.
A iniciativa reúne funcionários das duas organizações, para partilharem as melhores práticas e o conhecimento da situação e desenvolverem formas de melhorar a capacidade de resistência das infraestruturas.
Para começar, este grupo operacional vai trabalhar em quatro áreas: energia, transportes, infraestruturas digitais e espaço, especificaram.
"Devemos reforçar a resistência das nossas infraestruturas fundamentais para estarmos sempre preparados. Hoje, inaugurámos com êxito a primeira reunião do grupo de trabalho para a resistência das infraestruturas essenciais", declarou Von der Leyen.
Especialistas comunitários e aliados "trabalharão lado a lado para identificar as principais ameaças às nossas infraestruturas cruciais e trabalhar nas respostas", acrescentou a presidente da Comissão Europeia.
"[A NATO e a UE querem estudar em conjunto] como fazer com que as nossas infraestruturas mais importantes, a nossa tecnologia e os nossos circuitos de abastecimento sejam mais resistentes a eventuais ameaças e tomar medidas para mitigar possíveis vulnerabilidades", explicou Stoltenberg.
"Será um passo importante para tornar as nossas sociedades mais fortes e seguras", acrescentou.
A Aliança Atlântica sublinhou igualmente que a sua cooperação com a UE atingiu "nos últimos anos níveis sem precedentes", sobretudo desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.
Em janeiro deste ano, os líderes da NATO e da UE assinaram uma nova declaração conjunta para elevar a associação entre as duas organizações a um novo nível, incluindo as tecnologias emergentes e disruptivas, o espaço e o impacto das alterações climáticas na segurança dos seus Estados-membros.
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