Israel aprova lei que permite expansão de colonatos na Cisjordânia

O Parlamento de Israel aprovou uma polémica emenda legislativa de 2005 que repõe quatro colonatos judeus na Cisjordânia, quando o Governo demonstra intenção de expandir novos colonatos.

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Lusa
21/03/2023 14:00 ‧ 21/03/2023 por Lusa

Mundo

Cisjordânia

A proposta defendida pelo novo Governo nacionalista de direita foi aprovada por 31 votos a favor e 18 contra, contando com o apoio dos partidos ultraortodoxos que integram o Executivo liderado por Benjamin Netanyahu. 

A emenda elimina as cláusulas que impediam a presença de colonos israelitas em Ganim, Homesh, Kadim e Sa Nur, evacuados há 17 anos no quadro da retirada de colonatos e militares da Faixa de Gaza. 

Segundo o jornal Times of Israel, ainda é necessária a aprovação do Comando Central do Exército para que seja permitido o regresso de israelitas às zonas que são reclamadas pelos grupos nacionalistas que apoiam a expansão dos colonatos na Cisjordânia. 

O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e Defesa do Parlamento (Knesset), Yuli Edelstein, que apresentou a proposta, aplaudiu a aprovação.

"Após 17 anos de tentativas, uma luta inflexível e coesa mantém-se firme", disse Eldestein através da rede social Twitter. 

"O Estado de Israel iniciou o processo de recuperação do desastre da deportação", acrescentou, referindo-se aos "milhares de colonos" que foram expulsos em 2005 das casas que habitavam na Faixa de Gaza e na Cisjordânia e que eram consideradas ilegais por vários governos estrangeiros. 

O ex-ministro da Defesa e atual líder da oposição, Benjamin Ganz, disse que é um "erro o regresso ao norte de Samaria", referindo-se assim ao norte da Cisjordânia.

"Não podemos ignorar a necessidade de encontrarmos um caminho para viver ao lado dos palestinianos nessa zona. Creio que não há escolha. Mesmo, se não estivermos de acordo temos de saber como viver uns com os outros", frisou Ganz.  

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o "o povo judeu tem o direito "exclusivo e inquestionável a todas as áreas da 'terra de Israel'", frisando que vai impulsionar a expansão dos colonatos da Cisjordânia. 

O primeiro-ministro destacou que "o Governo vai impulsionar e desenvolver em todas as partes da ?Terra de Israel': Galileia, Neguev, Montes Golã, Judeia e Samaria (nome bíblico da Cisjordânia).

A Autoridade Palestiniana já alertou sobre o impacto destas decisões no Processo de Paz e na viabilidade para se alcançar o Processo de Paz e a viabilidade "para se alcançar a solução dos dois Estados". 

Leia Também: Israel e Palestina renovam compromisso para reduzir escalada de violência

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