Nigéria. Candidato derrotado contesta resultados nas presidenciais
O candidato do Partido Trabalhista nas presidenciais na Nigéria formalizou hoje um recurso contra os resultados oficiais, que deram a vitória ao candidato do partido no poder, Bola Tinubu, apesar de alegações de irregularidades por vários partidos da oposição.
© Reuters
Mundo Nigéria
Peter Obi, que ficou em terceiro lugar nas eleições de fevereiro - atrás de Tinubu e do candidato Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), que também disse que iria recorrer dos resultados - apresentou o seu processo num tribunal eleitoral na capital, Abuja, pedindo o cancelamento dos resultados oficiais e a repetição da votação, segundo o diário nigeriano 'The Premium Times', citado pela agência Europa Press.
A ação foi apresentada no último dia possível para o fazer, dado que decorreram 21 dias desde que a comissão eleitoral anunciou os resultados.
O advogado de Obi, Livy Ozoukwu, salientou que Tinubu "não estava qualificado para se candidatar às eleições" e "não foi eleito por uma maioria de votos legais expressos durante as eleições".
Defendeu assim que Tinubu "não conseguiu obter um quarto dos votos nas eleições presidenciais no território da capital federal, o que não lhe permite ser declarado vencedor das eleições presidenciais de 25 de fevereiro de 2023", ao mesmo tempo que exigiu "uma ordem de anulação da eleição" e apelou à comissão eleitoral para um novo escrutínio em que o presidente eleito "não deveria ser autorizado a participar".
O próprio Tinubu defendeu na semana passada que ganhou numa eleição "justa e credível" e salientou que "não é altura para azedume e recriminação", face a alegações de irregularidades por parte de vários candidatos da oposição.
Bola Tinubu advogou o direito dos outros candidatos a recorrerem à justiça, mostrando ao mesmo tempo o seu empenho em "trabalhar em benefício de toda a população, quer tenham votado ou não na sua candidatura".
Tinubu irá substituir Muhammadu Buhari, que não pôde concorrer porque atingiu o limite do mandato estabelecido pela Constituição nigeriana.
A eleição marca também a primeira vez desde o regresso do país ao governo civil em 1999, em que nenhum dos candidatos é um antigo líder militar, como foi o caso de Buhari, que liderou o país de dezembro de 1983 a agosto de 1985, após um golpe de Estado.
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