Os deputados do Rikstag aprovaram com 269 votos a favor e 37 votos contra um texto autorizando a entrada da Suécia na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
"Ser membro da NATO é a melhor forma de proteger a segurança da Suécia e de contribuir para a segurança do conjunto da zona euro-atlântica", defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Tobias Billström, no debate que antecedeu a votação.
A aprovação, esperada devido ao apoio já conhecido da maioria dos partidos, fica, por enquanto, sem efeito para a Suécia, uma vez que é necessária unanimidade dos 30 Estados-membros da Aliança Atlântica para admitir qualquer novo membro.
A vizinha Finlândia, que se candidatou à adesão à aliança militar ao mesmo tempo que a Suécia, em maio passado - como consequência direta da invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro de 2022 -, está agora em boa posição para entrar rapidamente na organização.
A Hungria deve ratificar a sua entrada na próxima segunda-feira, ao passo que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou na semana passada o acordo de Ancara, com uma votação no parlamento possivelmente antes das eleições de 14 de maio.
Mas nenhuma data foi ainda definida acerca da Suécia por Budapeste e o seu primeiro-ministro nacionalista, Viktor Orbán, e, por seu lado, Erdogan reiterou a recusa turca de ver a Suécia tornar-se o 32.º membro da NATO.
Ancara acusa em especial a Suécia de ser um porto de abrigo para "terroristas" curdos e de recusar extradições -- área em que, na prática, é a justiça sueca que tem a última palavra.
"Apesar de a lei afirmar que 'a alteração proposta (a adesão à NATO) entra em vigor na data proposta pelo Governo [sueco]', isso quer dizer que a data será definida por Erdogan e Orbán", lamentou um deputado do Partido de Esquerda, Hakan Svenneling.
Só o seu partido e os ecologistas d'Os Verdes se opuseram à adesão do país à Aliança Atlântica.
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