Será a nona vaga de manifestações e paralisações em todo o país convocada pelos sindicatos, que pretendem reforçar a contestação contra a revisão da lei das pensões e fazer uma nova demonstração de força.
Na passada segunda-feira, o Governo francês liderado por Élisabeth Borne sobreviveu às duas moções de censura apresentadas pela oposição e votadas na Assembleia Nacional (câmara baixa do parlamento). Numa delas, a margem foi de apenas nove votos.
Na quarta-feira, numa entrevista às duas principais estações de televisão do país, o Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu a reformulação do sistema de pensões e afirmou que a reforma terá de entrar em vigor "até ao final do ano".
"Esta reforma é necessária, não me agrada e gostaria de não a ter feito, mas também por isso me comprometi a fazê-la", declarou o chefe de Estado, que salientou a importância da entrada em vigor até ao final do ano "para que as coisas se encaixem".
Foi a primeira vez, em quase um mês, que Macron se pronunciou sobre este assunto.
Desde a aprovação da contestada reforma do sistema de pensões, que aumenta a idade mínima da reforma dos 62 para os 64 anos, ou que obriga a 43 anos de descontos para receber a reforma sem penalizações, várias cidades francesas, nomeadamente a capital do país, Paris, têm sido palco de noites consecutivas de protestos que têm degenerado em confrontos com as forças de segurança e com o registo de centenas de detidos.
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