Numa audiência realizada hoje na Florida, Jaar, que é o segundo arguido no processo, assumiu ter conspirado "para fornecer apoio material, apoio material e conspiração para raptar e matar" o Presidente Jovenel Moïse, no verão de 2021, avança a agência de notícias espanhola EFE.
De acordo com um documento do tribunal a que a EFE teve acesso, Jaar forneceu dinheiro para armas, alimentação e alojamento utilizados pelo comando.
"O réu combinou, conspirou, confederou e concordou com outros conhecidos e desconhecidos do Grande Júri em fornecer apoio material e recursos (...) com a intenção de serem utilizados (...) numa conspiração para matar e raptar uma pessoa fora dos Estados Unidos (...) e que resultou na morte do Presidente Jovenel Moïse a 7 de julho de 2021", lê-se na confissão de culpa, apresentada no tribunal federal do Distrito do Sul da Florida.
Ainda segundo o jornal Miami Herald, Rodolphe Jaar, de 50 anos, é um traficante de droga condenado que cooperou com os EUA "numa grande investigação de contrabando de cocaína há uma década".
De acordo com a Procuradoria dos EUA, cerca de 20 cidadãos colombianos e outros tantos haitianos como Jaar participaram numa conspiração para raptar e matar o presidente haitiano.
Os documentos do processo afirmam que Jaar admitiu, numa declaração "voluntária", ter fornecido armas de fogo e munições aos colombianos alegadamente envolvidos numa operação que, segundo o seu testemunho, se destinava originalmente a capturar e prender o presidente, e não a assassiná-lo.
A 7 de julho de 2021, um esquadrão fortemente armado entrou na casa do Presidente Moïse e matou-o a tiro, um assassinato que desencadeou um período de violência de gangues e instabilidade política naquele país das Caraíbas.
A sentença para Jaar, que enfrenta prisão perpétua, será conhecida a 2 de junho em Miami.
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